quinta-feira, 4 de abril de 2013

Regional Sudeste, deu Vilela (Flamengo!); Fredinho Galinho co-campeão e Mestre FIDE!; Pachmann; Krause e os Caudilhos latinos-americanos; Xadrez estatizante na Cidade Maravilhosa; "Candidatos" - até os deuses tremem!...Mestre Hilton Rios!





"REGIONAL SUDESTE NO TIJUCA TENIS CLUBE"
















“...que el ajedrez no es ni ciência ni arte,
sino, mas que nada, uma luta del espiritu...”
(Ludek Pachmann)

Amados, já se disse, já se constatou, ponto pacífico: o velho
aforismo de que o tempo é sábio e seu exemplo, profético!

Amados, parece incrível, mas a nossa querida e capivaril América latina não parece colher o exemplo do tempo, da história e o ranço ditatorial, estadista e terceiro-mundista parece crônico, incubado, pronto para assombrar seu sofrido povo...

Ora ou outra,  surfe um caudilho a ameaçar o bom senso, a abalar os princípios democráticos que muito custou aos países sob o Equador.

O último e desaparecido, caricato Chaves, com uma espécie de liderança messiânica-populista, patrocinado  pelo petróleo venezuelano, representou o que de pior pode existir para a modernização de nossa América.

Do  Indispensável, “O Poder e o Delírio”, Enrique Krause, vemos:
“...Chávez representou uma forma inédita de populismo caudilhista, pois controlava uma fortuna enorme, proveniente do petróleo e a usava indiscrinadamente a seu favor...
Cháves via a si mesmo como um redentor, a junção de uma figura política om uma imagem religiosa.
Essa combinação é muito nociva para a saúde democrática de um povo.
A democracia é incompatível com a liderança messiânica.
Nesse sentido, Cháves representou um retrocesso na modernização da América Latina...”

Amados, querida , opulenta  e democrática Turba Capivaril,  o xadrez carioca, quem diria, passa por um “momento estatizante”, na contra-mão do espírito liberal : anunciou-se que “apenas jogadores cadastrados na CBX pelo querido Rio de Janeiro, poderão participar de seus principais eventos.”

Pura retórica estatizante que nada contribui – perde o xadrez!

O que se busca? Novos filiados ao Rio de Janeiro,  restringindo-se a participação de “forasteiros”?

Torneios não devem ser excludentes, nem boicotados – em xadrez os meios não justificam os fins!

Mais filiados se amelha-se com bons eventos, custos baixos, lugares turísticos; convênios com hotéis! 
Poucas vezes joguei na Cidade Maravilhosa defronte ao mar...

Por que o “Regional Sudeste”, com 5 milhas de prêmio, na linda sala do Tijuca Tenis Clube, fim de semana prolongado, não preencheu a cota de 61 jogadores?
Por que?

Sem falar que dos inscritos, cerca de 40, quase 1/3 eram “forasteiros”....

Inscrição cara; quase nenhuma divulgação (o responsável pelo principal site brasileiro me disse que não sabida do torneio, isso na véspera!) e a “simpatia” da organização que não publicava os inscritos, como é de bom  alvitre (certamente,  para encobrir a pouca procura?).
Convênio com rede hoteleira, indicação.....nadinha.

Torneio burocrático cuja maior atração era classificar alguns para a “Semi-final” do Brasileiro...
Qualquer Capivara esclarecido sabe que na hora “h”, “convidados” e "amigos do rei"  jogam sem problemas...

Amados, Caissa é grande e a despeito do “torneio burocrático”, a querida, deslumbrada e atuante Turba Capivaril fez a festa!

“Regional Sudeste” no feriadão prolongado teve Festa – sempre há Festa e se não tiver, faremos Festa!





O flamenguista, colosso de Cachoeiras de Macacu, Vinícius Vilela e o simpático jornalista e torcedor do “Galo” mineiro, Fred Gazel, o pré-ranqueado no. 1, empataram em todos os critérios e o título foi decidido na "moedinha":  deu Flamengo!

Mas Fredinho, para compensar,  fez merecedor da distinção de “Mestre FIDE”, ao galgar os 2.300 pontos FIDE – duplo parabéns!

Galo x Flamento
Campeões - Fred Gazel e Vinícius Vilela

Caporale - Marcos Diaz

Dani Rangel - Joca

Guilherme Resende - Igor Mourão

Joca e Francesco Noseda

Le Masson - Mascarenhas

O reduzido número de jogadores facilitou o congraçamento e o ambiente competitivo, mas festivo, foi a tônica no Tijuca.

Opondo-se às lamentáveis e sentidas faltas dos principais jogadores cariocas, os jovens mostraram estar prontos a serem os grandes protagonistas, como tem que ser!







Oxalá os grandes jogadores cariocas voltem a prestigiar os eventos, o que traria  evidentes benefícios!

Outra ausência sentida, o entusiasmo do Sérgio “quebra barraco” Dias, fez um Tijuca menos animado e até o festejado cafezinho com bolachinha não se viu...





A vida é dura caro e sumido Castor, muito dura...!








Crisolon, o Galinho das Alterosas!


Amados, paralelamente ao “Regional Sudeste”, mas noutra estratosfera, deuses caissanos decidiam quem seria do desafiador do campeão mundial, o fera Anand.

"Até os deuses tremem!"

O desfecho surpreendente, onde os favoritos Carlsen e Kramnik perderam na última e decisiva rodada, fez-nos reportar ao saudoso e insigne didata Ludek Pachmann, no seu delicioso  "Partidas Decisivas”:



“La vision de la tabla de um torneo ajedrecistico induce a la creencia superficial de que cada una de las partidas tiene la misma importância.
Em el resultado final cada Victoria vale um punto;cada empate, médio.
Pero hay uma gran diferencia entre una partida jugada al comienzo del torneo, cuando las aspircaiones de los adversários aún no están aclaradas y uma partida de la ronda penúltima ou última, cuando se han puesto em claro las aspiraciones respecto al resultado final. El jugador de ajedrez, al final del torneo o del encuentro, se halla em uma situación tal que tiene que ganar a toda costa, y eso constituye para el uma tarea extraordinária que, por cierto, no se basa solo en su capacidad y conocimientos ajedrecisticos, sino, ante todo, em sus niervos. Tales partidas son uma muestra convincente de que el ajedrez no es ni ciência ni arte, sino, mas que nada, uma luta del espiritu...”




 Afamada Praça Serzedelo Correia!





“É assim que te quero, amor,

assim, amor, é que eu gosto de ti,

tal como te vestes

e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és....”
(Pablo Neruda)



MF Hilton Rios, grande animador do "Regional"




 Se me perder, buscar-me nos torneios ou nos meus devaneios....


Joca
Sampa, 04.4.2013 



 "La vida no quiere adeptos,
quiere amantes!"




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